Cada um tem dentro de nós...algo muito mais importante do que nós mesmos...


o seu DOM! :D

sábado, 14 de agosto de 2010

Espelho Colossal! :)


Há anos que tentava encontrar uma explicação, um motivo explícito e concreto para situações “repetitivas” na minha caminhada! A cada passo que aos poucos arriscava dar, deparava-me sempre com as mesmas paisagens, planícies, vales, árvores, flores e até os mesmos aromas! Os cheiros pareciam mágicos, ganhavam forma, entranhavam-se em mim e subitamente desapareciam como um sopro proveniente de dentro. E tudo me parecia único, mágico, surpreendente!

Caíam presentes aos trambolhões do céu…e eu desembrulhava-os com uma curiosidade tão aguçada como a de uma criança que apenas se consegue expressar com os seus sons vocais. Era uma curiosidade que se espelhava no olhar. Num olhar ansioso! Num olhar brilhante! Num olhar penetrante!

Cada presente continha um espelho! Todos eles eram coloridos! Uns estampados, outros lisos, porém todos distintos uns dos outros! Em todos eles procurava a minha imagem! Um espelho que reflectisse a verdadeira identidade daquilo que sou aos olhos das paisagens, das planícies, dos vales, das árvores, das flores e dos aromas!

Porém, num dia enquanto caminhava decidi parar e observar de forma atenta todos os embrulhos outrora descobertos. Nessa observação minuciosa, dei por mim a olhar-me a todos os espelhos que me tinham sido ofertados. Todos eles reflectiam imagens diferentes da minha realidade. Na maioria aparecia desfocada, com cores distintas, com contornos irreais. Foi a partir dessa análise que decidi parar de desembrulhar presentes. Segui caminhando, dando passos combinados com a minha alegria de querer descobrir o que o Universo me ia proporcionar. Não pedi presentes, embrulhos ou laços coloridos. Pedi discernimento, sabedoria, inteligência a quem sabia que me poderia conceder. As prendas iam caindo e mesmo sabendo que eram espelhos únicos e mágicos, decidi manter cada embrulho fechado e tal e qual no mesmo sítio em que caíam. Alguém que seguisse atrás de certo que apanharia aquele presente e o desembrulharia.

Verbalizei…e transformei em palavras todos os meus desejos! Fiz, inclusivamente uma palestra para uma imensidão de SERES acerca deste constante aparecimento de prendas, presentes ou mimos! Especulei, questionei aquela plateia e esperei que todos opinassem. Deixei fluir, sem forçar opiniões, criticar ou julgar!

Esperei simplesmente que todos aqueles SERES se pronunciassem e me indicassem outro caminho a seguir! Sem pressa, sem inquietude, sem medo do rumo a seguir concentrei-me no meu SER, conseguindo revelações surpreendentes.

Era como se me sentisse um cristal redescoberto! Mas procurava enxergar a olhos vistos explicações concretas e especificas para as constantes repetições.

Subitamente durante a minha caminhada deparo-me com um entroncamento e é o tal momento de decidir se prossigo, se inverto todo o sentido. Avanço…e encontro uma luz adormecida e quase a apagar-se! O espaço, o ambiente não permite que ela brilhe. Mas o brilho é de tal forma intenso que me atrevo a aproximar-me! É um espelho! Não está embrulhado em papel colorido ou estampado. É um brilho natural, que ninguém percebe, que ninguém entende!

Fixo os meus olhos nele…e observo-me! As lágrimas saltam dos meus olhos e é incontrolável esta estranha sensação que me invade. Pela primeira vez, reconheço-me e observo-me na minha essência!

É uma luz que entende o Universo, e todos os sentimentos humanos ficam muito mais pequenos quando vistos desta estranha forma de enxergar. Naquela imagem não existem corpos belos ou corpos feios, porque ambos fazem o mesmo percurso, ambos são parte visível da alma. Um reflexo tão brilhante como um Sol, um Sol que passou a iluminar a minha vida!

Todos possuímos o nosso Dom, apesar de não querermos admiti-lo ou descobri-lo. Eu aceitei aquela luz, aquele espelho da minha alma, da minha essência – e este encontro com o meu Dom, com o espelho da m/ essência – é o meu encontro com o Mundo.

O Universo colocou-me em movimento. Encontrei-me com o Mundo, comigo, com aquele espelho espantoso, extraordinário.

Esta descoberta é tão semelhante a um vulcão, cujas suas explosões são capazes de transformar Invernos em Verões, Outonos em Primaveras... mas é no toque da suavidade e da magia que surge a transformação do curso da vida! :P

“As pessoas oferecem espelhos porque nos espelhos está a imagem reflectida daquilo que somos quando entramos e saímos de casa. É quase um hábito rotineiro. Algo que fazemos diariamente. Quem tenta possuir um espelho, verá a sua beleza murchar. Quem encontra um espelho sem sequer o querer possuir, descobrirá a sua essência de uma forma colossal.” :)

Sabia que as repetições teriam um término. Aquela palestra não foi em vão. Porque eu sabia que tudo se iria transformar. Por isso, continuei a minha marcha. Apenas por ter a certeza da sua existência é que continuarei a existir. :)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vamos aprender a SER FELIZ? :P

(…) precisamos aprender a felicidade. Sim, a felicidade aprende-se, não vem pronta. A felicidade são plantas e jardins que podem ser cultivados.



A felicidade se faz, não se acha! :P

domingo, 1 de agosto de 2010

Projecto de Alma! :)


É um animal semi-aquático, com forte capacidade de se movimentar em diferentes espaços. Interage com o "mundo aquático" assim como também como o "mundo terreno"! Uns verdadeiros roedores da matéria física! Este DOM proporciona-lhes ultrapassar obstáculos, transpor forças naturais e chegar à outra margem com a certeza de que o esforço foi recompensador! Têm pêlo, e em tempos as suas influências foram determinantes no desenvolvimento da sociedade humana num dos Continentes.
E estaria aqui a descrever ou a enumerar uma série de características que nos fizessem chegar ao verdadeiro nome deste animal. Nunca gostei muito de adivinhas, por isso pouparei tempo na descrição e irei directamente ao assunto. Tratam-se de castores!
E porquê castores?!? Eu própria também não sei! Foi um animal que hoje me ocorreu enquanto conduzia num dos meus percursos habituais. É sem dúvida um animal que nos passa ao lado, quando nos pedem que pensemos num SER vivo preferido ou pelo qual temos admiração. Surge sempre a ideia de um cavalo, pónei, gato, hamster ou de um golfinho. Talvez a explicação esteja no facto do animal não existir no nosso País.

Mas, debrucemo-nos no seu SER!
A sua essência aliada às suas características leva-os a construírem diques em rios que se tornam os seus lares, criando assim represas ou pequenas barragens que acabam por bloquear a corrente de água. Utilizam troncos de árvores, que derrubam com os seus poderosíssimos dentes. Este trabalho tão pertencente ao estes SERES pode levar a pensar que prejudicam o ecossistema, pela destruição de árvores, entre outras coisas. Porém, cientistas provam o contrário! Pensemos! As pontes que constroem propiciam a criação de espaços húmidos e leva-os a controlarem as inundações e à eliminação determinadas "contaminações" da água!
E tudo é perfeito e completo! São SERES pertencentes ao Universo e são o reflexo dele - perfeito e completo!
Já ouvi diversas opiniões acerca do animal melhor amigo do homem - o cão - do que manifesta mais carinho e afecto revelando-se um verdadeiro exemplo a seguir - o gato - entre outros seres que se movem na imensidão do Universo.
Todos nos servem como exemplo a seguir...mas os castores são um exemplo "delicioso" que merece a nossa atenção!
Seguimos nesta caminhada embalados pela corrente. A vida apressada, o hábito, a rotina levam-nos por águas de "enxurrada", pelo leito do rio, e nesses momentos nem sabemos onde iremos parar! As águas podem estar contaminadas, o calor pode ser intenso demais e sem percebermos podemos cair de um precipício, numa cascata ou num abismo. O castor é perspicaz! Está atento ao leito, à vegetação existente. Estuda de forma atenta qual o melhor local para construir o dique, a barragem ou melhor, "a sua toca"! Aventura-se no leito do rio ou do ribeiro, mas com sabedoria e discernimento analisa quando deve parar para construir. Daí a sua adaptabilidade a diferentes meios - o aquático e o terreno!
Muitas vezes vagueamos completamente nus, sem um escudo, uma lança ou uma espada que nos proteja em determinados momentos no nosso percurso. Simplesmente deixamo-nos levar! Deixamos de perceber que as armas existem dentro de nós, para nos protegerem, para crescermos, evoluirmos ou atravessarmos "a outra margem da questão". O coração e o pensamento - são "no meu ver" as nossas armas naturais (poderosíssimas) - tal como os dentes incisivos do castor. Cortam, roem, mas constroem! Da mesma forma, deve-se deixar agir o coração e o pensamento com o intuito de construirmos as tais pontes/barragens que necessitamos dentro de nós para mergulharmos na corrente, mas conscientes de que a qualquer momento saltamos e permanecemos espectadores – suspensos olhando o leito de cima!
Somos preguiçosos! Estamos cansados, e é muito mais fácil flutuar nas águas do que ir contra a sua corrente! Mas, são esses diques que nos proporcionam espaços húmidos, "lufadas", rajadas de ar fresco...
Não é ao acaso que nos dias de Sol só nos apetece é Sol, praia, festas...e quando os dias começam a surgir nublados/frios preferimos permanecer nas nossas tocas "internas" ao calor da nossa própria fogueira!
São esses momentos de introspecção que nos ajudam a atravessar as tais pontes internas que preferimos manter fechadas, talvez com medo da altura, do comprimento ou da dimensão que possam ter!
Entretanto, quando internamente decidimos construir/atravessar a ponte...percebemos que foi deveras recompensador chegar à outra margem! Trajecto/percurso seguro e protegido! Surge-nos rapidamente palavras como "continuidade ou confiabilidade"! Meio caminho andado para querer prosseguir a nossa caminhada em pontes, em nutrir um profundo desejo em construir com a magia do coração e do pensamento diversas pontes nas nossas vidas, sabendo de antemão que essa construção é recompensadora e enriquecedora.
Confesso...que não me sinto "externamente" semelhante a um castor de água doce! Ao contrário dele... adoro a água salgada - o mar - meu amigo e conselheiro!
Mas...pensemos nele, usemos os seus cinco sentidos: O tacto existente na película exterior da sua pele, o olfacto existente dentro do nariz, a audição existente no ouvido interno, o paladar existente nas papilas da língua e a visão existente na retina dos olhos.
Usemo-los com a consciência do coração e do pensamento em comunhão com a alma!

Será num toque de alma,
Será em “cheiros” de alma.
Será num ouvir de alma,
Será num sabor de alma,
Será num olhar de alma,
Sem usar estes cinco sentidos com o toque de magia proveniente da nossa alma, do nosso EU mais profundo…essas pontes cairão sem nunca as termos atravessado!

Quando construídas com a n/ essência consciente e desperta…
Essas pontes tornam-se ETERNAS…IMORTAIS e fazem da nossa caminhada uma verdadeira obra arquitectónica! :p